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Soja    
Químicos não controlam mancha alvo e antracnose
Pesquisa mostra ineficiência dos produtos e recomenda a rotação de cultura e o uso de variedades resistentes
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Juliana Royo
24/05/2010

As últimas pesquisas da Fundação MT mostram que nenhum químico foi capaz de controlar a mancha alvo na última safra. O resultado é péssimo para os produtores de soja do Cerrado. A mancha alvo é uma doença relativamente nova que pode causar perdas de cerca de 20% na produtividade e que tem se alastrado rapidamente pelas plantações de soja do país. Até o ano passado, os produtos químicos, principalmente à base de benzemidazóis, apresentavam ótimos resultados e conseguiam controlar a mancha alvo. No entanto, a partir da última safra eles passaram a não serem mais eficientes. O maior problema é que os pesquisadores ainda não conseguiram descobrir o porquê. Por enquanto, a recomendação é que os sojicultores não utilizem os químicos e se concentrem apenas nas medidas preventivas como a rotação de cultura e o uso de variedades resistentes.

—  Os resultados foram frustrantes. Não conseguimos resultados com controle químico com nenhum dos produtos comumente utilizados na cultura da soja como triazóis ou benzemidazóis.  A gente não sabe ainda se foi ainda um fator do ano ou se eles realmente deixaram de funcionar. O produtor deve se precaver em termos de usar variedades mais tolerantes possível contra a mancha alvo, fazer o manejo de rotação de cultura e semear na época mais ideal possível para que a soja atinja o máximo de potencial produtivo. Seria até leviano da nossa parte fazer uma recomendação que fosse contrária aos resultados da pesquisa. Até segunda ordem, a recomendação é que o produtor não deve aplicar químico porque os resultados não foram positivos — explica Fabiano Siqueri, pesquisador da Fundação MT.

Enquanto os pesquisadores não conseguirem descobrir o que causou a ineficiência dos produtos no Estado do Mato Grosso os produtores devem redobrar os cuidados de manejo, fazerem a rotação de cultura, semearem a soja na época mais ideal possível e respeitarem o espaçamento e a população de plantas de cada variedade e não haja superpovoamento para criar um microclima favorável à propagação dos fungos.

A mancha alvo é uma doença foliar que tem como sintoma uma lesão com um ponto mais escuro no centro, como se fosse um alvo. Essa doença está se espalhando pelo território brasileiro ao longo dos anos ainda sem um motivo conhecido. Um das suspeitas é que esse crescimento da mancha alvo seja um efeito colateral do uso de variedades resistentes ao nematóide de cisto, porque estas variedades são sensíveis à mancha alvo.  Como o problema dos nematóides de cisto também está aumentando e cada vez mais produtores usam variedades resistentes ao cisto, consequentemente, a mancha alvo também está se alastrando.

Já a antracnose é uma doença mais antiga e pode chegar a causar 50% na redução da produtividade. O fungo ataca principalmente as vagens, mas pode atacar folhas também. Ele provoca a quebra do pecíolo da região mediana da planta e faz com que as folhas fiquem menores, deprimidas, além disso causa a abertura da vagem, fazendo com que ela apodreça inteira. Segundo o pesquisador da Fundação MT, a antracnose é A antracnose é muito dependente do clima e já está disseminado por todos os campos de soja do Brasil. Siqueri explica que pela antracnose se tratar de uma doença oportunista, que se aproveita de condições climáticas, ela pode causar grandes estragos. Por isso, é fundamental fazer a rotação de culturas e seguir um manejo eficiente.

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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